Conheça técnicas e estratégias que ajudam a identificar tendências de alta ou baixa de uma ação
Novos investidores precisam aprender a lidar com a vontade de ganhar dinheiro com ações e o baixo rendimento atual de aplicações conservadoras. Mas, sem quase nenhum conhecimento de renda variável, esses investidores se aventuram pouco. Por isso, é preciso conhecer melhor o mercado financeiro para descobrir as chances de ganhar ou perder. Afinal, a Bolsa de Valores é um investimento de risco. Conheça cinco dicas para ajudar a investir o seu dinheiro:
Stop gain! Pare de ganhar!
A primeira dica é uma ordem de venda automática para quando uma ação sobe e atinge um preço-alvo de venda. A venda pode ser total ou parcial. Mas, por que vou vender a ação se ela está subindo?! Porque uma ação pode desabar a qualquer momento! Em outras palavras, o Stop gain é uma espécie de conselho amigo: “Pare agora para você sair por cima”. Afinal, é melhor vender e garantir um lucro certo do que ficar no prejuízo.
Stop loss! Pare de perder!
A segunda dica é o inverso do Stop gain. Ela é uma ordem de venda para minimizar prejuízos na operação e você se proteger de eventuais quedas violentas. Com essa regra acionada, você pode entrar em uma operação já sabendo o quanto pode perder. Um Stop loss bem montado evita sangria nas finanças. Mais ainda! O método evita desgastes emocionais, pois investidores iniciantes, que sofrem grandes prejuízos, podem ficar traumatizados e desestimulados na Bolsa de Valores.
Atenção!
Nem sempre a ordem de venda do Stop loss é feita automaticamente. A desvalorização pode ser tão forte que não há tempo para o ativo ser negociado. Nesse caso, a operação continua aberta, com preço abaixo do programado. Para evitar isso, melhor programar uma segunda ordem de venda com preço-alvo mais para baixo. Mesmo assim, as duas ordens de venda podem ser puladas sem negociação se a queda for abrupta e intensa. Não é algo comum, mas pode acontecer.
Média móvel
Média geral dos movimentos de uma ação em um período, a média móvel indica a variação do preço da ação em um período que você deseja analisar. Saber a variação da ação é bom para tomar uma decisão mais equilibrada. A média móvel é ótima em apontar tendências de alta, baixa ou de estabilidade do ativo. A utilização de diferentes médias móveis ao mesmo tempo em um gráfico ajuda a enxergar melhor a variação do preço da ação em um período. A ideia é ver a variação do preço de uma ação de acordo com o tempo.
A média não garante que a ação vá manter o preço alto. Muitos outros fatores podem mudar o panorama. A combinação de média móvel com outras análises técnicas pode dar mais embasamento e segurança ao investidor.
Suporte e resistência
Usando um gráfico, você pode traçar outros dois indicadores: suporte e resistência. Eles auxiliam a mapear melhor o histórico do ativo. Com o ponto máximo e mínimo marcados, é possível definir melhor uma estratégia.
Como fazer: você abre o gráfico durante o pregão e nota que houve um pico de uma ação pela manhã. Dessa escalada que ocorreu pela manhã, você traça uma reta no ponto inicial da subida (o suporte) e outra reta no ponto máximo atingido (a resistência). Como se fosse uma montanha, você passa uma reta no chão e outra reta no pico da montanha. Assim, você identifica o chão (suporte) e o topo (resistência), delimitando o espaço entre esses dois indicadores.
Mas, fique atento! Não quer dizer que o rompimento de um suporte ou de uma resistência será sempre uma certeza de que o ativo vai seguir com tudo para a direção. Existem outros fatores, mas um rompimento de suporte e resistência pode ser um indicativo de tendência.
Fibonacci
Indicador muito usado na Bolsa, o Fibonacci ajuda a prever reviravolta ou manutenção da tendência no mercado financeiro. Funcionando muito bem em gráficos, a ferramenta ajuda a ver se o preço da ação está mais propenso a subir ou a descer. Essa visualização de tendências feita pelo Fibonacci contribui numa decisão de compra ou venda de uma ação.
Para abrir o Fibonacci no gráfico, é preciso que o investidor enxergue os pontos de suporte e resistência do ativo selecionado. Achando o “chão” (suporte) e o “teto” (resistência) da ação, o Fibonacci vai traçar automaticamente outras três retas dentro desse espaço delimitado.
O padrão numérico Fibonacci foi desenvolvido no século XII, pelo matemático italiano Leonardo Pisano, que fez uma série de cálculos e chegou a uma conclusão intrigante: existe uma distância proporcional em diversos elementos da natureza. A citar, a distância do cotovelo até o dedo do braço, os retângulos que formam as pirâmides do Egito, os galhos de determinadas plantas… Todos obedecem a uma mesma proporção. As oscilações da Bolsa de Valores muitas vezes respeitam o padrão Fibonacci. Não à toa, o Fibonacci é bastante usado pelos investidores.