O DIEESE divulgou na segunda-feira, a 11ª edição do estudo Desempenho dos Bancos, com dados de 2016. No ano passado, os cinco maiores bancos do país tiveram desempenho muito expressivo, a despeito do adverso cenário econômico e da queda observada no em comparação com o ano anterior.
Os bons resultados se devem ao aumento do resultado de seguros, previdência e capitalização e ao aumento das receitas com tarifas e serviços, mas, especialmente, à queda das despesas com empréstimos e repasses (em função da relativa
valorização do real frente ao dólar), o que barateou os recursos captados pelos bancos no exterior.
As despesas com impostos impactaram negativamente o resultado de 2016 e foram as principais responsáveis pela queda observada.
Em alguns bancos, aumentaram as provisões para devedores duvidosos (PDD, em função do aumento da inadimplência no segmento empresarial, especialmente em relação a grandes grupos econômicos dos setores da construção civil e de óleo e gás afetados pela Operação Lava Jato.
Após a aquisição do HSBC pelo Bradesco, o setor bancário brasileiro ficou ainda mais concentrado. Os cinco maiores bancos agora detêm 87% das operações de crédito do país. Antes, o percentual era de 85%.
Com dados do DIEESE