Em uma avaliação de conjuntura realizada no dia 20, em Brasília, o presidente nacional do PSDB e senador, Aécio Neves, afirmou que as medidas de ajuste do governo de Dilma Rousseff não terão efeito antes das eleições presidenciais de 2018. Para o Senador, o ciclo do PT chegou ao fim e declarou que o partido, mesmo contrariando a base, não tem condições de votar a favor das medidas recessivas.
O Senador acerta ao avaliar que irá contrariar sua base ao votar contra as medidas, tendo em vista que o PSDB é tradicionalmente apoiado por setores que representam o poder econômico nacional. Portanto, a decisão do PSDB de não apoiar as medidas restritivas, que verdadeiramente prejudicam os direitos trabalhistas, deve ser analisada para além de uma preocupação maior com os menos favorecidos.
A preocupação e o respeito de Aécio com os trabalhadores são tão pequenos, que durante a análise de conjuntura ele foi capaz de afirmar que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, age como um “contabilista” ao elaborar um pacote de ajustes baseado no corte de direitos e no aumento da carga tributária. (ver matéria publicada no Globo).
A comparação do ministro com a categoria teve clara intenção de produzir um insulto.
O desdém de Aécio aos contabilistas é uma clara demonstração do desconhecimento que tem da profissão e de sua função social. Bem como, de que considera a profissão como “menor” as demais.
O contabilista não lida apenas com números e planilhas como pensa o senador. Esse profissional formado, de habilidade e importância únicas na sociedade, sabe bem que o fruto do seu trabalho pode gerar empregos, crescimento e oportunidades.
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