Apesar de a renda no Estado esteja entre as menos desenvolvidas, o indicador é considerado "alto" pela Pnud

Embora tenha crescido 3,91 pontos percentuais acima da média nacional entre 2000 e 2010, a renda medida pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), no Ceará, permanece entre as piores posições no ranking dos estados, superando apenas Alagoas, Pará, Maranhão e Piauí. Os dados fazem parte do "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A renda de Fortaleza aumentou, entre 2000 e 2010, 7,46%. Em 2010, o índice alcançou 0,749, sendo interpretado como "alto". Dez anos antes, o dado era de 0,697, estando no patamar tido como "médio" Foto: J. Luís

A renda medida pelo IDHM tem como objetivo refletir o padrão de vida da população. Quanto mais próximo de 1 foi o indicador, maior o nível de desenvolvimento da renda. No País, o dado referente a 2010 (0,739) alcança patamar considerado "alto" pelo IDHM. Já no Ceará, o número registrado (0,651) está no nível considerado "médio".

Em dez anos

Entre 2000 e 2010, o indicador, no Estado, aumentou 10,71%, passando de 0.588 (nível baixo) para 0,651. Entre 1991 e 2010, o salto na renda cearense foi de 22,36%. Considerando todo o Brasil, as variações, nos dois intervalos, foram, respectivamente, de 6,79% e 14,21%.

Capital

Por sua vez, a renda de Fortaleza aumentou, nesses dois períodos, 7,46% e 15,23%. Em 2010, o índice alcançou 0,749 – sendo considerado "alto". Dez anos antes, o dado era de 0,697, estando no patamar tido como "médio". Já no ano de 1991, o indicador era de 0,650.

No País

Entre os municípios que registraram maior crescimento da renda entre 1991 e 2010, cidades do Norte e Nordeste são maioria. Dos dez maiores avanços, quatro são de cidades do Norte, enquanto os outros seis são do Nordeste. A maior evolução foi do município de Nova Colinas, no Maranhão, cuja renda aumentou 120% no período.

Todavia, as duas regiões são as que concentram o maior número de cidades com os piores índices de renda. O município de Marajá do Sena, no Maranhão, foi o que registrou o pior indicador no País em 2010.

Entre os estados, o maior incremento da renda que compõe o IDHM ocorreu no Piauí, que apresentou 30% de aumento – de 0,488 para 0,635. O Maranhão ficou em segundo lugar, sendo seguido pela Paraíba.

Cidades com menor renda

Embora esteja entre os cinco estados com menor desempenho no IDHM-Renda, o Ceará não possui nenhuma cidade entre as 50 apontadas pelo estudo como as que possuem os piores indicadores referentes a 2010. Da mesma forma, as cidade cearenses também não estão listadas entre as 50 com melhor desempenho no indicador em 2010.

As informações do documento divulgado ontem pela Pnud foram obtidas com base no Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010.