O dia 13 de maio, que marca a Abolição da escravidão no Brasil ocorrida há 124 anos, não deve ser comemorado, porém, lembrado pelos milhões de trabalhadores e trabalhadoras negras, que continuam a ocupar o espaço da desvantagem na sociedade brasileira.
Apesar dos avanços, em especial, nos últimos anos, negros continuam a ganhar menos, a ser maioria nas estatísticas do desemprego, nas favelas, onde estão submetidos às piores condições de vida, nas prisões, e a estarem praticamente ausentes nos espaços na mídia e nos espaços de poder e representação política.
Somos 50,7% da população brasileira, de acordo com o Censo do IBGE 2010, porém, essa maioria permanece mantida à margem dos direitos básicos da cidadania.
Mesmo nas profissões mais mal remuneradas – como, por exemplo, a dos pescadores, que está na lista das dez profissões de pior remuneração (R$ 396,00) – a renda média de brancos supera a dos negros em 55% – R$ 522,00 para brancos, contra R$ 337,00 para pretos e pardos, segundo estudos do IBGE.
De acordo com o Laboratório de Relações Raciais da UFRJ, coordenado pelo professor Marcelo Paixão (foto), em outubro de 2011, o rendimento médio de um homem branco era 83,7 superior a de um homem negro – R$ 2.325,73, contra R$ 1.265,81 de pretos e pardos.
No caso das mulheres brancas, o rendimento médio era 77,4% superior – R$ 1.660,89 para mulheres brancas, contra R$ 936,04 de pretas e pardas.
A Secretaria Nacional da Diversidade Humana da UGT reafirma o seu compromisso com a luta por igualdade dos trabalhadores e trabalhadoras negras para que o Brasil se torne um país mais solidário e com mais justiça.
Fonte: Site da UGT nacional
MARIA CRISTINA DUARTE
SECRETÁRIA NACIONAL DA DIVERSIDADE HUMANA DA UGT