Este ano de 2012 o Brasil se prepara para receber a Conferência ambiental  da Organização das Nações Unidas, a Rio+20, e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), focada num novo modelo de desenvolvimento sustentável, por um sindicalismo ético, que busca melhor qualidade de vida aos trabalhadores, comemora o 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia, mas perpetua suas ações em prol de um mundo mais compromissado com o planeta, com uma economia que tenha o cuidado com os cidadãos e cidadãs, trabalho decente e governança com justiça social. E é por essas razões que a UGT participa este mês da Rio+20, com foco de fazer cumprir as metas da carta-compromisso a ser assinada com as demais nações.

O Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia foi instituído em 1972, pela Assembleia das Nações Unidas, ONU, durante a Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano. Na ocasião, governantes e organizações não governamentais de 113 países se reuniram para solucionar o problema da degradação que o homem vinha causando ao meio ambiente e os riscos para sua sobrevivência. Documentos foram elaborados, inclusive um que tratava das ações referentes aos danos ambientais. Quatro décadas depois, o mundo continua sob riscos catastróficos e nenhuma meta alcançada pelos países. Um novo mundo é possível? Esta é a pergunta que fica para ser discutida na Rio+20.

 Ainda não é possível a comemoração da data ao redor do mundo. Entre Eco 92, Protocolo de Kyoto, COPs 16 e 17 e os Objetivos do Milênio (ODM), muitos foram os debates, propostas e promessas feitas, mas tardou para a população mundial criar consciência da gravidade que o planeta Terra se encontra.

“Em meados do século 20, o meio ambiente e a ecologia passaram a ser uma preocupação em todo o mundo. Questões que sempre estão na pauta são: poluição do ar, emissão de gases de efeito estufa, uso desordenado do solo e sua contaminação, escassez da água e sua poluição, desmatamento, queimadas, extinção de espécies da fauna e flora, a qualidade e a falta de alimentos, problemática da exploração voraz dos recursos naturais e energia”, analisa Cristina Palmieri, membro do Comitê de Sustentabilidade da UGT.

Em 1992, na cidade do Rio de Janeiro, aconteceu a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, conhecida como Eco 92 e Cúpula da Terra. Na ocasião, o foco foi o respeito à biodiversidade e pela retirada de populações da linha de pobreza. De 4 a 6 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro teremos a RIO+20, Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, desta vez o foco será desenvolvimento sustentável e economia verde.

2015 foi o prazo estabelecido para que se atingissem os 8 ODM, que resultaram da Declaração do Milênio das Nações Unidas, adotada pelos 191 estados membros em 2000, estabelecendo metas a serem alcançadas por um mundo mais justo, solidário e melhor para se viver. Entre os objetivos, está a sustentabilidade ambiental e social, mas a menos de 5 anos da meta, muito ainda precisa ser feito.

“O Brasil, até pouco tempo, o mundo o conhecia pela sua matriz energética ser mais da metade de fontes renováveis de energia. Com a perspectiva de desenvolvimento e crescimento do país para as próximas décadas e, para atender a sua demanda, os investimentos vêm se intensificando na direção da instalação de mega-hidroelétricas na região Amazônica, instalação de termoelétricas a combustíveis fósseis, na exploração de petróleo na camada do pré-sal e por último, a instalação de 4 usinas nucleares. Com esta construção, como seremos conhecidos?”, indaga Cristina Palmieri e a UGT deixa ao leitor a questão para ser refletida.

Fonte: Site UGT