Convidado para debater na palestra do Premio Sefin, o jornalista Luis Nassif afirmou que o Nordeste já formou uma base de consumo permanente, num processo "dinâmico" e "irreversível"
Jornalista explicou que o Brasil está passando por revoluções simultâneas e todas têm como epicentro o Nordeste (DEIVYSON TEIXEIRA) Jornalista explicou que o Brasil está passando por revoluções simultâneas e todas têm como epicentro o Nordeste (DEIVYSON TEIXEIRA)
O jornalista Luis Nassif, na palestra do lançamento do Prêmio Sefin, iniciou lendo, para o público, tuítes recebidos: “O Twitter é fantástico, né?”. A palestra que se seguiu foi proferida por quem, além de ser tuiteiro e blogueiro, considera as redes sociais e a Internet o “caminho” para a transparência das contas públicas e o cultivo da cidadania. Para o jornalista, convidado principal do encontro no Ministério da Fazenda ontem, esses são eixos essenciais para pensar a responsabilidade fiscal. O secretário de Finanças de Fortaleza, Alexandre Cialdini, fez a abertura do evento.
Com o tema “O novo Nordeste e o Brasil”, Nassif conduziu o debate com argumentos que recuperaram processos históricos e políticos brasileiros para explicar a atual situação “permanente” de crescimento “irreversível” pela qual passa a região nordestina. No Ceará, segundo ele, o desafio não é mais fazer frente de trabalho, é compatibilizar a indústria de turismo com os polos siderúrgicos que estão surgindo. “Há uma outra natureza de problema: administrar o crescimento, não mais administrar pobreza”.
O jornalista explicou que o Brasil está passando por revoluções simultâneas e “todas elas têm como epicentro o Nordeste”. Para ele, a primeira revolução foi a ascensão de novas classes ao mercado de consumo. Centros de pobreza se converteram em centros de dinamismo, gerando um novo cenário: “Na medida em que a pessoa começa a consumir ela vira cidadã. E quando você vira cidadão, passa a dar valor ao imposto. Então você cria o conceito de cidadania”.
Nassif afirmou que se antes os brasileiros tinham vergonha de se reconhecer como brasileiros, hoje esse perfil mudou: “Nós recuperamos a autoestima. Estamos desenvolvendo, em todos os níveis hoje, novas áreas da economia onde entra a parte artística, a parte artesanal e a parte de empreendedorismo”.
Ele afirma que o passo seguinte à elevação do induto de consumo, como resultado do aumento de consumidores, é a criação de um mercado que permita o crescimento dos pequenos empreendedores. E apesar de ter dito que o empreendedorismo na região Nordeste ainda é “incipiente”, Nassif aposta na inovação e criatividade dos produtos regionais como o artesanato para a geração de renda interna.
Como
ENTENDA A NOTÍCIA
O Nordeste vive processo de desenvolvimento “irreversível” no contexto do crescimento nacional, sendo o epicentro da integração de novas classes ao mercado de consumo, o que fortalece o sentimento de cidadania.
Fonte: O Povo Online