Uma das bandeiras de luta da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na busca pela ampliação dos direitos da classe trabalhadora brasileira, é o enfrentamento a rotatividade no mercado de trabalho.
Com o objetivo de diminuir essa prática, o governo está estudando uma série de medidas que tem como objetivo mudar a legislação para diminuir essa prática que, diretamente, aumentam seus gastos com o pagamento do Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS).
Dentre as medidas está a criação de uma taxa extra para empresas que demitirem mais funcionários que a concorrência, além de a inclusão de barreiras para acessar o seguro-desemprego e a unificação do abono salarial com o salário família.
Segundo Ricardo Patah, presidente da UGT, apesar de a rotatividade significar, também, elevação na qualificação profissional e uma possível busca por melhorias laborais e salariais, os números apontam, segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), que a rotatividade no Brasil, entre 2003 e 2009, teve um crescimento de 41,9 milhões para 61,1 milhões de trabalhadores e a central enfrenta, arduamente, os casos de demissão sem justificativa. “É um aumento significativamente alto e que precisa ser enfrentado, mas as medidas que o governo está estudando precisam ter uma discussão mais aprofundada, pois o mundo sindical está muito distanciado da administração federal”, conclui.
Por Fábio Ramalho – Redação UGT